segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Correndo por aí: Tegucigalpa

Não sabia como seria minha vida pós-maratona. Muita coisa se passou desde o glorioso 26 de julho: muito repouso para curar lesões, problemas com medicamentos de uso contínuo, muita preguiça, muitos quilos que ganhei, mas muita alegria por estar vivo.

Desde o início de dezembro venho tentando retomar os ritmos dos treinos: sem sucesso. Seja por conta dos filhos, pela correria da entrega dos diários na escola ou pela hérnia que insiste em avisar que permanece viva por ali.

Este ano partimos de viagem para Honduras, na América Central, a fim de ver a família e celebrar mais um ano de vida da minha pequenina.

Em homenagem ao sétimo aniversário da minha mais velha decidi sair finalmente para correr. Após muito conversar com familiares, decidi fazer o que fazem todos por aqui: correr na pista de corrida do Estádio Olímpico de Tegucigalpa.

Ué, mas as pessoas não correm nas ruas por aqui não? Pois é, as ruas são praticamente desertas, pois a sensação de insegurança é grande e permeia a sociedade. Tegucigalpa, segundo dados recentes, tem a sexta maior taxa de homicídios do mundo 79,42 homicídios por 100 mil habitantes. Por isso, os carros tomam conta das ruas, pois, para piorar, o transporte público é péssimo e deficiente, além, claro, de inseguro.

A cidade não é muito diferente das nossas no Brasil e, a despeito de toda a fama adquirida por Honduras no cenário mundial (outra grande cidade hondurenha, San Pedro Sul, no norte do país, é a líder do ranking), nunca tivemos problemas em todas as vezes que visitamos o país. 

De toda forma, a pista de atletismo do Estádio Olímpico está nova em folha, havia policiais por todas as partes e as pessoas eram muito agradáveis (como sempre).

Pude, afinal, fazer meu primeiro treino do ano rumo à segunda maratona, uma corrida de 40 minutos ao redor da pista de 400 metros. Voltei cedo,  a tempo ainda de acordar minha filhota ao som de "Las Mañanitas".

2 comentários:

  1. Tarso, uma das coisas que mais gosto é conhecer cidades, presencialmente ou não, o dia a dia de um morador, informações de pontos turísticos, etc.
    Sempre que viajamos gosto de conversar com pessoas que vivem no local.
    Fiquei impressionado com o que você sintetizou, pois não sabia que em Honduras era assim.
    Se puder, faça um post sobre tudo da cidade. Escreva para o blog Generalidades Especializadas, muito bem frequentado. Navegue por ele para conhecer antes. É onde posto minhas matérias.
    Quanto aos treinos, fundamental manter a forma alinhada com seus objetivos. Parabéns pela perseverança.
    Abraços.

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    1. Paulo,eu já fui algumas vezes a Honduras e amo aquele lugar. A capital não é tão bonita, mas o país tem diversos pontos turísticos maravilhosos. Sem falar nas pessoas, sempre amáveis. Eu confesso que desta última vez fiquei mais esperançoso com relação à luta contra a violência. Vi mais pessoas nas ruas, inclusive vi duas pessoas correndo sozinhas pelas ruas e um grande grupo de pessoas correndo juntas. Pode ser o início de uma virada. Eu acredito nisso. Particularmente, nunca me aconteceu nada, mas também sempre evitei longas caminhadas, sempre preferindo os carros.
      Se você pretende um dia visitar a América Central (o que eu fortemente aconselho), não se deixe levar pelos pontos negativos, afinal nos também passamos por isso com a violência carioca mostrada no mundo.
      Obrigado pelos comentários. Vou dar um pulo no site que você indicou. Um abraço.

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