Hoje tive oportunidade de correr a Maratona do Rio por
dentro, digo sem ter a missão de completá-la. Combinei de correr os últimos
10km da prova com o amigo Tarso, que me acompanhou nos primeiros 42km no ano
passado. Em 2015, eu me superei e corri lesionado. Dessa vez, foram o Tarso e outros
guerreiros.
Cheguei cedo no Mirante do Leblon, saída da Avenida
Niemeyer, e logo descobri que dali seriam 12km e não 10km até a chegada. Enchi
as garrafas do cinto de hidratação com água e sentei no meio-fio à espera.
Conversei uma parte do tempo com outro corredor que também acompanharia um
colega. Naquele momento, avistávamos os atletas em ritmo de 5min/km, disse ele.
Não demorou para surgir o Jorge, da nossa equipe, a UpsportsClub. Ele fechou os 42km em 3h36min. Fiquei menos ansioso, pois sabia que o
Tarso não havia passado. Fui para pista e cumprimentei o Jorge, orgulhoso de
ter um amigo tão rápido. Depois, fiz o mesmo com Alex, Carla e Jesus. Foi muito
boa a sensação de incentivar as pessoas, não apenas os amigos.
Era mais de 11h quando avistei o Tarso. A essa altura,
sabia que ele estava devagar por causa da dor na coxa. Mas fiquei mais aliviado
ao ver que não estava sozinho. Natália, também da nossa equipe, o acompanhava. E
fomos juntos até ela encontrar o noivo em Copacabana. Tarso chegou bem-humorado.
Ou seja, estava normal...rs
Levei um spray anti-inflamatório para o caso de a situação
dele apertar. E acabei ‘salvando’ outros pelo caminho. O Tarso mesmo só aceitou
o spray de tanto eu insistir e chamá-lo de teimoso.
Salvar, na verdade, é um exagero. Foi mais o lado psicológico,
pois junto com o spray vieram as orientações de alongamento e palavras para não
desistir. O primeiro que o ‘doutor’ aqui atendeu foi quando ainda esperava o
Tarso no meio-fio. O sujeito sentou do meu lado e falou que não aguentava mais
sentir câimbras. Falei que o pior havia passado, que também havia corrido com
dor minha primeira maratona, como era a dele. Ele se alongou, recebeu o spray
mágico (rs) e prosseguiu.
O segundo estava estirado na pista, sendo amparado por
outros atletas, creio que já em Ipanema. Também reclamava da panturrilha.
Ofereci o spray e ele agradeceu dizendo que eu era um “anjo” que mandaram em
sua corrida. Caramba, pensei... Esse spray é mágico mesmo!
Na transição de Copacabana para Botafogo, na entrada do túnel,
mais um estirado. Sentia demais a coxa e era socorrido por outro atleta. Usei o
spray mais uma vez, falei palavras de incentivo (faltava pouco) e o levantei do
chão.
No túnel seguinte, percebi que outra pessoa caminhava com muita
dificuldade. Ofereci o santo remédio e ele não entendeu. Era gringo...kkk
Expliquei o que era e aceitou.
Dos que eu ajudei no caminho, esse último consegui ver
terminar a prova, correndo! Espero que os outros tenham concluído e tantos
outros para quem simplesmente falei “vambora” e a pessoa logo retomava a
marcha.
Foram extremamente gratificantes esses 12km. E pude ver de fora a emoção da chegada que já senti duas vezes. São todos guerreiros.
Natália e Tarso |
Tarso, aguardamos seu relato
ResponderExcluirRodrigo, foi muito legal ver Vc lá. Incentivo que precisávamos! !
ResponderExcluirRodrigo, foi muito legal ver Vc lá. Incentivo que precisávamos! !
ResponderExcluirvaleu Carla. O espaço está aberto aqui caso queira contar como foi sua corrida!
Excluir