domingo, 29 de maio de 2016

O santo spray de incentivo

Hoje tive oportunidade de correr a Maratona do Rio por dentro, digo sem ter a missão de completá-la. Combinei de correr os últimos 10km da prova com o amigo Tarso, que me acompanhou nos primeiros 42km no ano passado. Em 2015, eu me superei e corri lesionado. Dessa vez, foram o Tarso e outros guerreiros.

Cheguei cedo no Mirante do Leblon, saída da Avenida Niemeyer, e logo descobri que dali seriam 12km e não 10km até a chegada. Enchi as garrafas do cinto de hidratação com água e sentei no meio-fio à espera. Conversei uma parte do tempo com outro corredor que também acompanharia um colega. Naquele momento, avistávamos os atletas em ritmo de 5min/km, disse ele.

Não demorou para surgir o Jorge, da nossa equipe, a UpsportsClub. Ele fechou os 42km em 3h36min. Fiquei menos ansioso, pois sabia que o Tarso não havia passado. Fui para pista e cumprimentei o Jorge, orgulhoso de ter um amigo tão rápido. Depois, fiz o mesmo com Alex, Carla e Jesus. Foi muito boa a sensação de incentivar as pessoas, não apenas os amigos.

Era mais de 11h quando avistei o Tarso. A essa altura, sabia que ele estava devagar por causa da dor na coxa. Mas fiquei mais aliviado ao ver que não estava sozinho. Natália, também da nossa equipe, o acompanhava. E fomos juntos até ela encontrar o noivo em Copacabana. Tarso chegou bem-humorado. Ou seja, estava normal...rs

Levei um spray anti-inflamatório para o caso de a situação dele apertar. E acabei ‘salvando’ outros pelo caminho. O Tarso mesmo só aceitou o spray de tanto eu insistir e chamá-lo de teimoso.

Salvar, na verdade, é um exagero. Foi mais o lado psicológico, pois junto com o spray vieram as orientações de alongamento e palavras para não desistir. O primeiro que o ‘doutor’ aqui atendeu foi quando ainda esperava o Tarso no meio-fio. O sujeito sentou do meu lado e falou que não aguentava mais sentir câimbras. Falei que o pior havia passado, que também havia corrido com dor minha primeira maratona, como era a dele. Ele se alongou, recebeu o spray mágico (rs) e prosseguiu.

O segundo estava estirado na pista, sendo amparado por outros atletas, creio que já em Ipanema. Também reclamava da panturrilha. Ofereci o spray e ele agradeceu dizendo que eu era um “anjo” que mandaram em sua corrida. Caramba, pensei... Esse spray é mágico mesmo!

Na transição de Copacabana para Botafogo, na entrada do túnel, mais um estirado. Sentia demais a coxa e era socorrido por outro atleta. Usei o spray mais uma vez, falei palavras de incentivo (faltava pouco) e o levantei do chão.

No túnel seguinte, percebi que outra pessoa caminhava com muita dificuldade. Ofereci o santo remédio e ele não entendeu. Era gringo...kkk Expliquei o que era e aceitou.

Dos que eu ajudei no caminho, esse último consegui ver terminar a prova, correndo! Espero que os outros tenham concluído e tantos outros para quem simplesmente falei “vambora” e a pessoa logo retomava a marcha.

Foram extremamente gratificantes esses 12km. E pude ver de fora a emoção da chegada que já senti duas vezes. São todos guerreiros.

Natália e Tarso

4 comentários:

  1. Rodrigo, foi muito legal ver Vc lá. Incentivo que precisávamos! !

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  2. Rodrigo, foi muito legal ver Vc lá. Incentivo que precisávamos! !

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    1. valeu Carla. O espaço está aberto aqui caso queira contar como foi sua corrida!

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