terça-feira, 28 de julho de 2015

Para tudo existe a primeira vez

Começo hoje me desculpando com os colegas do blog Rodrigo e Tarso. Poderia ter corrido a maratona com vocês, mas não o fiz. Acompanhei a Marise (Equipe de Fibra), uma grande parceira dos treinos e amiga.

Acabei optando por correr ao lado dela, pois sabia que Tarso e Rodrigo estariam bem acompanhados por Jesus. Já a Marise, mesmo tendo seu marido Cristiano como companheiro de corrida, este também já tinha seu parceiro naquele dia, o Marcio, e assim ela ficaria sozinha. E como nós já havíamos treinado muito bem juntas, e nos demos muito bem, a companhia durante a prova foi fundamental. E assim, todos saímos ganhando!

No último domingo (26), foi um grande dia, mais uma conquista, mais uma vitória e mais uma história pra contar. Eu, que estava abalada psicologicamente nas últimas semanas achando que não conseguiria, consegui!!

Não havia percorrido uma distância maior que 30km nos treinos, e isso estava me abalando, me deixando em dúvida.

Foi dada a largada! Emoção percorre dentro das veias e arrepia. Nos primeiros quilômetros enquanto seguíamos em uma direção, já do outro lado da pista na direção oposta, passam pela gente os maratonistas deficientes visuais e cadeirantes, e isso arrepia mais ainda, nos faz pensar e repensar nossas atitudes, nossas dificuldades, nossa humildade como seres humanos, nos dando motivação ainda maior.

Pelo km 3 aproximadamente, tive que utilizar o banheiro químico da prova, mesmo já tendo ido ao banheiro antes da largada, acho que a ansiedade estava a mil rsrs...

Eu e Marise fomos administrando nosso pace durante todo o percurso, não precisamos caminhar nas subidas mais duras. Devagar e sempre.

Ao ultrapassar o km 30, me emocionei, as lágrimas se misturaram ao suor escorrendo pelo rosto e logo veio uma sensação de alívio ao perceber que eu estava bem e pensar que faltavam só mais 12km para completar a prova.

Algumas caminhadas foram necessárias durante a hidratação e o gel, mas nada significante, apenas para facilitar a decida pelo esôfago até o estômago.

Pelo km 33 mais ou menos, encontramos o Cris (marido da Marise). No km 34/35, não me lembro bem, acabei me distanciando um pouco dos dois, fiquei pouca coisa à frente, porém, não olhava mais para trás, nem para frente, apenas para o chão e para as pessoas torcendo por nós corredores.

No km 37, ouço uma voz aclamando meu nome! Olho e faço pose para a foto. Era a Fernanda, esposa do Rodrigo, mais uma torcedora.


Continuo minha missão. No final de Copacabana, quase entrando no túnel encontro mais uma pessoa muito especial, meu namorado André, que me acompanhou até a linha de chegada. Uma força extra para os "finalmentes".

Já avistando o pórtico da chegada, encontro o Rossy, nosso treinador. Uma das pessoas responsáveis e importantes por essa minha conquista.

E como em toda corrida, um sprint no final rsrsrs...... nos últimos 100 metros, pois não aguentava mais.....


Chegando à tenda da assessoria UpsportsClub, encontro minha mãe, que pela primeira vez foi me prestigiar numa corrida no Rio. E um abraço forte acalenta meu coração.

Quando pensamos em fazer uma maratona e comentamos com colegas e conhecidos, as reações são as mais diversas possíveis. Há os que dizem que somos loucos; para que queremos isso?; por que gostamos de correr?; qual a necessidade?; e há também os que nos apoiam, nos incentivam, nos motivam e nos servem como exemplos, que queremos seguir.

Sabe por que eu corro?

Eu quero chegar aos 70 anos sem ter que usar a fila preferencial por não aguentar ficar de pé, por consequência do sedentarismo durante a juventude dos 20-30 anos.

Eu quero ter percorrido lugares diferentes do mundo correndo.

Eu quero fazer mais maratonas.

Eu quero alcançar a linha de chegada sendo aplaudida e chorando de emoção, assim como aconteceu neste domingo!

Quero ser motivo de orgulho aos meus pais, aos meus futuros filhos, à minha família.

Obrigada a todos!

Agora posso me considerar uma MARATONISTA!
E que venham as próximas!


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