domingo, 5 de julho de 2015

O longão mais arrastado, dor e superação


Obrigado, Tarso. Começo este post agradecendo ao amigo desta jornada. Afinal, não fosse ele, neste domingo, não teria completado o treino. Não pelo psicológico, pela parte física mesmo, prejudicada pelas circunstâncias da última semana.

Havia retornado de férias, dois fins de semana sem longões. No domingo passado, fiz 21km, até em um bom ritmo (6min15/km), mas não estava 100%, uma gripe começava a me incomodar.

Na terça, decidi descansar e não treinar, para me recuperar para a quinta-feira. Mas a situação piorou e tive que tomar antibiótico. Então, passei a semana sem correr. O plano passou a ser me restabelecer para o longão do fim de semana: 29km na planilha.

Tarso precisava de companhia para treinar domingo, ele não podia no sábado, e ganhei mais um dia para superar a gripe. Deixei de ir a uma festa na véspera. Não podia abdicar deste treino nas semanas fundamentais de treinamento. Faltam 21 dias para a maratona...

Mas foi sofrido, sem dúvida, o longão mais arrastado. Cheguei antes das 7h no ponto de encontro e, como estava frio, comecei a trotar à espera do Tarso. Quando já havia desistido, com uns 4km de treino, ele apareceu, graças a Deus, porque não teria forças sozinho. Uma companhia faz toda diferença na preparação para 42km, principalmente quando ela te distrai com um repertório inesgotável de conversa...rs

Fomos para o Forte do Gragoatá, encarando duas subidas na ida e na volta; e, de lá, para a Fortaleza Santa Cruz, em Jurujuba, também com subidas no caminho. Estávamos devagar por minha culpa, até aí tudo bem... O problema começou na volta da fortaleza, quando comecei a sentir o joelho esquerdo, perna, tudo... Era como se alguém tivesse amarrado uma corda no meu corpo e me puxasse contra.

Procurei mentalizar a dor como passageira e ela deixou de ser preocupante para pensar em parar. Ao chegarmos em São Francisco, pedi licença ao Tarso para ligar o ipod. Precisava de um gás extra para finalizar. A música me arrastou nos últimos 3km. Ao entrar na Estrada Fróes, logo completei os 29km, mas fui para superação, para ver os 30km no relógio pela primeira vez.

Aos 30km, pausei o relógio e caminhei os últimos metros da Fróes até um ponto de ônibus na Avenida Ary Parreiras, a dois pontos somente da minha casa, menos de 1km, não aguentava mais. Não tinha mais perna. Foi o primeiro longo em que terminei com a sensação de que não prosseguiria se fosse na prova, ao menos teria que andar.

Uma semana difícil, porém, atribuo ao contratempo da gripe. Falta pouco, muito pouco.

Um comentário:

  1. Parabéns Rodrigo pela marca atingida! Rompeu a barreira dos 30km finalmente! E ainda estava no bagaço. Bons ventos se avizinham...

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