Daqui a treze dias se tudo der certo eu estarei cruzando a linha de chegada junto com o Rodrigo, um pouco depois da Isa, do Fabinho, do Leo, do Jorge, do Thiago, do Cristiano e da Marise. Na verdade não importa o fato de chegarmos antes ou depois dos outros, mas a eufórica esperança, quase uma certeza: a de que chegaremos. Da ideia de correr a maratona até hoje já se vão quatro longos e intensos meses. Neste período eu, Isa e Rodrigo conseguimos fazer três treinos juntos e a experiência foi válida, muito agradável.
Por conta de horários, eu e Rodrigo acabamos nos aproximando e fizemos os dois últimos longões juntos: dias 5 e 12 de julho, ambos em domingos, ao contrário dos demais, que treinaram no sábado. Sim, domingo, exatamente porque amigos aparecem exatamente nessas ocasiões. Neste caso na dificuldade de conciliar a vida particular com a prática esportiva. No domingo retrasado eu não poderia treinar no sábado, preparando a festa de aniversário da Marthinha e Rodrigo apareceu prontamente disposto a trocar seu treino de sábado para domingo, afinal vinha se recuperando de forte gripe, como contou-nos em outro post. Ontem, pelo contrário, o pedido era dele para que treinássemos no domingo por conta de sua pós-graduação no sábado (Rodrigo quer se tornar o pica das galáxias na área de marketing, jornalismo, vendas, gestão, mídias sociais... rsrsrs). Topei na hora, pois prefiro o treino aos domingos.
No entanto, surgiu um compromisso na Paróquia onde frequento e sou responsável de uma comunidade do Caminho Neocatecumenal e não podia faltar de nenhuma forma. Resultado: pedi ao Rodrigo que nos encontrássemos na Praia de Icaraí às seis da manhã (!). Isso porque eu sairia cerca de 25 minutos antes pra dar tempo de aparecer na reunião ainda de manhã.
Confesso que não foi nada agradável correr com a Estrada Fróes totalmente às escuras, afinal também tenho medo de ser vítima da violência que assola a nossa bela cidade de Niterói. Segui em frente, certo de que aquela seria a última vez em que eu me levantaria às cinco da manhã para treinar para a Maratona do Rio.
Tudo correu conforme o planejado: corremos soltos, com a sensação de que ainda podíamos fazer mais. Íamos conversando e relaxando, era divertido ganhar os quilômetros que se acercavam! Desta vez não só eu falava, mas Rodrigo também conversava, sinal de que o treino não era um fardo. Em certo momento eu o disse que estávamos indo muito devagar, mas desistimos de apertar o passo, pois não era tão lento assim.
Nunca escondi que o meu maior objetivo era terminar a prova e se estivesse inteiro ao fim, melhor.
É inevitável a imagem da lebre e da tartaruga vir à mente, na certeza de que nossas passadas firmes nos levarão ao final.
Encontrei esta imagem na web. Já diz tudo!
Espero que no dia 26 de julho, apesar do nervosismo e da ansiedade, eu possa me divertir durante a prova, exatamente como eu me diverti neste domingo.
Estas duas semanas que tenho pela frente serão para imaginar como será minha chegada, minha família a me esperar. Vai ser lindo. Vou chorar? Não sei, mas sei que a linha de chegada vai significar também mais um par de amigos (Rodrigo e Isa). É disto que é feito a vida e a corrida.
E como diz o Rossy: "Força na careca"!
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