quarta-feira, 20 de maio de 2015

Do impossível ao psicológico

Às vezes, no dia a dia, andamos meio cabisbaixos conosco e nem sempre temos um motivo entristecedor para isso. Apenas estamos daquele jeito e pronto. "Ninguém tem nada a ver com a minha vida..." Bom, não é bem assim, as pessoas têm a ver com a sua vida sim.

É você quem entra numa padaria pela manhã e oferece um bom dia e um sorriso no rosto para o padeiro, ou entra num ônibus e deseja uma boa tarde ao motorista e ao cobrador. Mas por que teríamos que fazer isso? Por que eu devo um bom dia ao padeiro???

Primeiro, por educação (que é bom e todo mundo gosta) e segundo, porque nós não somos independentes 100%, sempre dependeremos do motorista de ônibus para nos levar ao local desejado, ao local de trabalho, por exemplo.

Minha mãe sempre me disse: "Nunca dependa de ninguém" e sempre segui este dito. Ou pelo menos tentei seguir, ou seguirei pelo resto da vida.

Não depender de NINGUÉM às vezes se torna meio exagerado. Aprendi semana passada que sempre dependeremos de alguém. A frase de minha mãe sempre continuará em meus pensamentos, porém, com um sentido menos agressivo. No sentido de me tornar independente na vida, e não para o mundo.

(Foto antiga, mas tá valendo. Da esquerda pra direita: eu, minha mãe e minha tia)

Qual a relação disso com a corrida???

Semana passada, sexta dia 15, saí pra correr pela manhã, já que não havia treinado na quinta-feira, como costumo fazer. Meu percurso era de 10km, aparentemente fácil. Entretanto... o psicológico estava abalado, não sei dizer e nem me expressar com palavras o que me aconteceu; o treino foi um fiasco.

Caminhei várias vezes, parecia que estava sentindo uma dor em algum lugar que não me deixava me concentrar nas passadas e nem na respiração, muito menos na paisagem ou em qualquer outro pensamento. Foi aí que comecei a pensar na falta que me fazem os companheiros de estrada, de quilometragem.

Infelizmente, já há alguns finais de semana que estou treinando sozinha e isso está me deixando com muitas saudades (me deixando até meio "doida", me arrisco a dizer).

Ter a presença de pessoas boas e interessantes ao nosso lado faz toda a diferença.

Então dialoguei com meu próprio subconsciente dizendo: sou completamente dependente de outras pessoas. Claro que também sou independente fisicamente e espiritualmente (troquei um sifão da pia da cozinha de casa sem ajuda de ninguém rsrsrs...).

Domingo, dia 17, saí para correr na ilustre companhia do meu namorado, que me acompanhou nos primeiros 5km, fazendo com que meu percurso se tornasse mais interessante. Completei um pouco mais de 17km, o sol estava desgastante, porém, devido à presença de uma simples e complexa companhia, me animei muito, tanto que, ao final do treino, adquiri algumas bolhas e calos no pé que nem senti a dor. Só vi o estrago ao final do treino quando retirei o tênis.


O psicológico pode te atrapalhar, e muito, mas também é ele quem te dá força e te "salva"!

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