Ontem foi um dia feliz: minha filha levou para a escola a edição da Revista Runners World (ed. 77, março 2015) em que apareço numa prova ocorrida em janeiro deste ano. Teve orgulho do esforço do pai e disse a todas as amigas e à professora que um dia faria igualzinho a mim.
Eu, particularmente, não consigo parar de pensar na superação dos 42 ainda distantes quilômetros. Confesso que isto tem me ajudado a superar outras barreiras e dificuldades na minha vida particular.
Se eu já me divertia com os meus companheiros de corrida, agora, nesta preparação para a Maratona, a coisa ficou ainda mais divertida.
O fato é que, como sabem, nós três temos problemas na coluna. Ainda que o nome divirja um pouco (hérnia ou protusão), de acordo com o grau da lesão e de nosso desconforto, é fato que sentimos dores. A dor é inerente ao atleta, mas cabe a cada um saber ouvir o seu corpo e assim saber o momento de dar uma parada. Arrependo-me de não ter me dado duas semanas de descanso na preparação para a Meia Maratona da Ponte, em 2013. Eu estava voando! Nem acreditava que estava rodando a paces de 4:30 min/km! A lesão que se seguiu- púbis e cabeça do fêmur- me tiraram das ruas por mais de um ano.
Digo isto porque hoje ninguém foi treinar. Eu alonguei o horário do meu remédio e não me levantei cedo. Rodrigo e Isa estão dando um tempo para que a coluna possa descansar. Parecemos três velhinhos, como o personagem do Dr. Chapatim, sempre com suas pílulas! Através de nossas conversas pelo Whatsapp, falávamos do que fazíamos para aliviar a dor: compressas de água quente, massagem, remédios, adesivos anti-inflamatórios locais, etc.
Acho que o nome da nossa equipe deveria ser "Equipe Cocoon", como no filme homônimo, onde os velhinhos nadavam numa piscina que fora transformada pela presença de elementos alienígenas e se sentiam extremamente revigorados e sem dores. Uma autêntica Fonte da Juventude!
Acho que a corrida tem funcionado como uma Fonte da Juventude, já que me dá ânimo, alegria e vontade de ir além (claro também pelo ganho bioquímico). Penso que deve ser parecido para meus amigos também.
No meio dessa conversa, surgiu um pacto. Se nós três conseguirmos completar a corrida (não importa o tempo), iremos nos embebedar como nunca antes na história desse país (rsrsrs)! Confesso que pra mim não será difícil, já que três copos já me tiram do sério. Não tenho o hábito de beber. Mais risadas nos esperam pela frente.
Para concluir, li na coluna de Jeff Galloway na Runners World deste mês de março de 2015 uma coisa muito interessante e que nos diz respeito. Transcrevo-a:
"Quando você tem pensamentos como eu 'preciso' correr mais tarde, a corrida se torna apenas mais uma tarefa em seu dia. Correr é um privilégio. Nem todos podem correr e, talvez, um dia você também não possa. Se esse dia não for hoje, comemore! Pense que você pode correr, e não que tem que correr, para não se esquecer da dádiva que recebeu",
Para concluir, li na coluna de Jeff Galloway na Runners World deste mês de março de 2015 uma coisa muito interessante e que nos diz respeito. Transcrevo-a:
"Quando você tem pensamentos como eu 'preciso' correr mais tarde, a corrida se torna apenas mais uma tarefa em seu dia. Correr é um privilégio. Nem todos podem correr e, talvez, um dia você também não possa. Se esse dia não for hoje, comemore! Pense que você pode correr, e não que tem que correr, para não se esquecer da dádiva que recebeu",
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