quinta-feira, 12 de março de 2015

A Fonte da Juventude


Ontem foi um dia feliz: minha filha levou para a escola a edição da Revista Runners World (ed. 77, março 2015) em que apareço numa prova ocorrida em janeiro deste ano. Teve orgulho do esforço do pai e disse a todas as amigas e à professora que um dia faria igualzinho a mim.

 Eu, particularmente, não consigo parar de pensar na superação dos 42 ainda distantes quilômetros. Confesso que isto tem me ajudado a superar outras barreiras e dificuldades na minha vida particular.

Se eu já me divertia com os meus companheiros de corrida, agora, nesta preparação para a Maratona, a coisa ficou ainda mais divertida.

O fato é que, como sabem, nós três temos problemas na coluna. Ainda que o nome divirja um pouco (hérnia ou protusão), de acordo com o grau da lesão e de nosso desconforto, é fato que sentimos dores. A dor é inerente ao atleta, mas cabe a cada um saber ouvir o seu corpo e assim saber o momento de dar uma parada. Arrependo-me de não ter me dado duas semanas de descanso na preparação para a Meia Maratona da Ponte, em 2013. Eu estava voando! Nem acreditava que estava rodando a paces de 4:30 min/km! A lesão que se seguiu- púbis e cabeça do fêmur- me tiraram das ruas por mais de um ano.

Digo isto porque hoje ninguém foi treinar. Eu alonguei o horário do meu remédio e não me levantei cedo. Rodrigo e Isa estão dando um tempo para que a coluna possa descansar. Parecemos três velhinhos, como o personagem do Dr. Chapatim, sempre com suas pílulas! Através de nossas conversas pelo Whatsapp, falávamos do que fazíamos para aliviar a dor: compressas de água quente, massagem, remédios, adesivos anti-inflamatórios locais, etc.

Acho que o nome da nossa equipe deveria ser "Equipe Cocoon", como no filme homônimo, onde os velhinhos nadavam numa piscina que fora transformada pela presença de elementos alienígenas e se sentiam extremamente revigorados e sem dores. Uma autêntica Fonte da Juventude!

Acho que a corrida tem funcionado como uma Fonte da Juventude, já que me dá ânimo, alegria e vontade de ir além (claro também pelo ganho bioquímico). Penso que deve ser parecido para meus amigos também.

No meio dessa conversa, surgiu um pacto. Se nós três conseguirmos completar a corrida (não importa o tempo), iremos nos embebedar como nunca antes na história desse país (rsrsrs)! Confesso que pra mim não será difícil, já que três copos já me tiram do sério. Não tenho o hábito de beber. Mais risadas nos esperam pela frente.




Para concluir, li na coluna de Jeff Galloway na Runners World deste mês de março de 2015 uma coisa muito interessante e que nos diz respeito. Transcrevo-a:

"Quando você tem pensamentos como eu 'preciso' correr mais tarde, a corrida se torna apenas mais uma tarefa em seu dia. Correr é um privilégio. Nem todos podem correr e, talvez, um dia você também não possa. Se esse dia não for hoje, comemore! Pense que você pode correr, e não que tem que correr, para não se esquecer da dádiva que recebeu",

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