sexta-feira, 6 de março de 2015

Dane-se a hérnia!

Definitivamente não estava nos meus planos fazer uma maratona este ano. Aliás, como também não estava virar um corredor de longa distância, quanto mais um corredor. Quando comecei a correr, em 2011, o plano era tão somente desopilar. Até que resolvi procurar uma assessoria esportiva em busca de orientação e treinos de mais qualidade. Aí você começa a progredir, faz uma prova de 5km, avança para 10km, enfim, não tem como fugir do lugar comum: vira, de fato, uma cachaça, no meu caso, mental, que controla a minha ansiedade.

Também não pensava em fazer os primeiros 21km em 2013. Mas, após dois anos correndo mais rápido os 10km e aumentando a quilometragem para corridas de 15km, veio o pensamento: “ao menos uma meia no currículo, vai...”

No meio do caminho, descobri uma hérnia lombar, pouco antes de fazer a São Silvestre 2012. Me tratei e, seis meses depois, lá estava eu concluindo os meus primeiros 21km, na Meia do Rio.

Mas, como ficar em apenas uma? A mente pede novos desafios, algo que te faça sentir vivo. Então, de lá para cá, foram mais três meias: Buenos Aires, Santiago e a Meia do Rio novamente.

A essa altura, o pensamento “ao menos uma maratona no currículo, vai...” já tinha vencido o “nunca vou fazer por causa da hérnia”. Porém, apesar da sementinha plantada, o plano este ano era outro: retornar à Volta à Ilha de Floripa, em abril; à terceira Meia do Rio (baixando o tempo, claro); e à XC Run Búzios, uma prova cross country (dessa vez, aumentando a quilometragem de 10,5 para 21).

A ideia era ganhar mais rodagem e esperar o trabalho “acalmar” para conseguir tempo para os necessários “longões” pré-maratona. Bem, essa era a ideia até o Tarso e a Isa decidirem encarar a Maratona do Rio (a propósito, as amizades são outro fator que te fazem progredir e se superar na corrida).

Pensei: se eu antecipar o plano, vou ter dois parceiros para superar a barreira psicológica dos treinos. E mais: se o Tarso consegue tempo com três filhos (um pequeno), por que não eu? Afinal, independentemente da fase no trabalho, eu teria que acordar mais cedo do que de costume para treinar em qualquer época.


Foi uma decisão no susto, sem dúvida. Mas tinha que ser assim. Se o corpo vai resistir, não sei. Pois mesmo os melhores têm seus dias ruins, “quebram” ainda nos treinos, durante ou após a maratona.  O que importa é: vou tentar e em boas companhias. Dane-se a hérnia! Agora, é foco em musculação, pilates, alimentação e muita DISCIPLINA. Os 42 são logo ali!!!


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