quarta-feira, 29 de abril de 2015

Sebo de Carneiro, quem tem???

Primeiramente: Isa, feliz aniversário! Muitos quilômetros de alegria pra você!

Não corro já há duas semanas. Comecei com uma dorzinha no pé direito há cerca de um mês. Como eu já vinha frequentando a fisioterapia para me alongar e prevenir alguma lesão, principalmente lombar, não estava muito preocupado com isso. Só que aquela dorzinha no pé direito sumiu e apareceu no outro pé justamente há duas semanas, dificultando em muito minha caminhada. Achei que o Saulo, meu fisioterapeuta, daria um jeito rápido nisso, como já fizera outras vezes. Ledo engano: ele me mandou procurar um médico e, quem sabe, fazer um exame de imagem. Descobri então que não podia correr!

Desde que recebi a notícia, um sentimento de frustração tomou conta de mim: da quinta-feira (sessão de fisioterapia) até a segunda-feira (consulta no Bernardo, ortopedista) tudo o que fiz foi me entristecer e me boicotar. Saí da dieta e comi tudo o que não devia, como se isso fosse me trazer algum benefício ou consolo.

O diagnóstico passado pelo Dr. Bernardo, também corredor na equipe e especializado em pés, foi de fascite plantar no pé esquerdo. O tratamento: anti-inflamatórios, fisioterapia, uso de botas imobilizadoras para dormir e... nada de corrida!

Como um bom mau paciente, comecei a ler sobre meu problema, principalmente o que eu poderia fazer para acelerar o tempo de recuperação. Tudo a fim de estar pronto para a maratona em julho. Desde então, comprei bola massageadora dos pés, gel de arnica, faço alongamentos com faixa, além de exercícios diversos em casa e no trabalho. Voltei a me exercitar, para não perder o condicionamento: bicicleta e transport, além da musculação.

Todo este processo de busca da cura tem sido bem engraçado. Ando buscando um acupunturista (o que eu conheço não tem horários), acabo de marcar uma médica homeopata (que tratou uma amiga aqui do trabalho que teve fascite plantar também) e sempre escuto os populares dizerem que o melhor para os pés é o Sebo de Carneiro. Que o Bernardo não me leia (rsrsrs), mas ando procurando esse creme aqui pelo Rio de Janeiro e em Niterói. Estive na Drogaria Galante, da Rua da Ajuda e, como de praxe, perguntei à atendente pelo creme adiposo (kkkk). A mulher riu na minha cara e disse que não havia, mas eis que surge um outro vendedor e lhe garante que havia na loja, mas o estoque zerara. A atendente ficou sem graça e disse que queria ver isto um dia desses.

O assunto deste creme que já tivera sua comercialização proibida temporariamente pela Anvisa, em 2013, ainda provoca risadas lá em casa. Minha mulher, super sedentária, também está com fascite (e me xinga muito por conta disso - hahaha) e aguarda com muita curiosidade a chegada desta pomada. Eu já a prometi que vou obrigá-la a usar.

O melhor é que a minha planilha voltou a ser cumprida, ainda que adaptada, e que consigo rir disso tudo finalmente.

Como diz o Rodrigo, vamos que vamos!

sábado, 25 de abril de 2015

O primeiro longo - a barreira dos 21k

Hoje seria o primeiro treino do trio de autores deste blog, quando faríamos nossa primeira selfie...rs

Tarso iria de bike, pois se recupera de lesão no pé, e Isa me acompanharia até onde desse, já que acabara de retornar de férias e se encheu de american food...kkk

Houve um pequeno desencontro de relógios. Desci às 6h e esperei dez minutos pela Isa. Então parti sozinho. Tarso encontraria no caminho. Só depois li sua mensagem de que não poderia ir com o bebê febril.

O treino era de 25km. Nunca havia passado dos 21. Por isso, a apreensão sobre como o corpo iria reagir. O destino? Ir até a Fortaleza Santa Cruz (10km) e voltar fechando 20km e finalizando os outros 5km na Praia de Icaraí mesmo. Tudo em Niterói (RJ) para os leitores de fora.

Acabei encontrando a Isa pouco depois do km 5 e seguimos até a Fortaleza. Lá chegando demos uma parada para água e gel; mas logo retornamos, pois a paisagem anunciava chuva. Por volta do km 13, Isa parou para comprar água. No km 16, ela me deixou. Afinal, estava desde a Volta à Ilha sem treinar. De fato, a companhia em treinos longos é fundamental para distrair a mente.

Segui bem até Icaraí melhorando meu ritmo. Já na praia, parei para tomar um copo de água de coco e reabastecer o cinto de hidratação para os próximos cinco quilômetros. Não foi fácil retomar e superar a barreira dos 21. O corpo doía e, principalmente, a sola dos pés, que nunca havia sentido. Pensei em desistir e fechar menos que 25km. Mas prossegui na raça.

Quando faltava um quilômetro, encontrei Fabinho, um excelente corredor da nossa equipe, fazendo alongamento pós-treino. Perguntei quanto ele havia feito. Me respondeu 17km. Me animei e mostrei o meu relógio, informando que faltava pouco para finalizar os 25km. Ele me parabenizou, o que me deixou bastante feliz.

Já em casa, tomei a suplementação de recuperação indicada pelo nutricionista, um bom banho e depois, um belo café com tapioca. Em seguida, cama, até o almoço, e gelo onde o corpo reclamava mais. À noite, um chope me espera, porque ninguém é de ferro.

Vamos que vamos rumo aos 42!

terça-feira, 21 de abril de 2015

E você? Tem medo de lesão?

Vejo este blog também como espaço para compartilhar minhas aflições na corrida. E uma delas é o medo de lesões, que aumenta às vésperas de uma prova importante, principalmente para uma pessoa ansiosa.

Desde 2011, quando comecei nesse mundo, já aconteceu comigo três vezes. A última foi no ano passado, em que o meu desafio era justamente passar um 2014 sem me machucar. Mas, diferentemente das outras duas ocasiões, foi um acidente. A um mês da meia maratona de Santiago, eu treinava em Nova Friburgo, Região Serrana do Rio, quando fui desviar de pedestres na calçada e não vi um buraco. Resultado: uma torção no pé que, se dependesse dos médicos, teria me tirado da prova. Minha meta, então, passou a ser simplesmente completar os 21km, sem me preocupar com o ritmo, mas sem andar. Consegui, após um mês parado e muitas sessões de fisioterapia, musculação e pilates.

As outras lesões foram na chamada banda iliotibial, um nome esquisito que você só ouve falar quando corre. A grosso modo, é um conjunto de tecidos que vem do quadril passando pela parte externa da coxa e do joelho até a tíbia. Na primeira vez, senti a lateral do joelho no fim de uma corrida de 10 milhas. A segunda só senti depois que esfriei após completar a meia maratona de Buenos Aires, porém, no outro joelho.

A partir disso, passei a pesquisar sobre a síndrome e métodos de prevenção. E descobri uma clínica em Ipanema que fazia um exame que identificava fatores de risco de lesão em atletas. Era caro, mas decidi investir em algo que me fazia bem. Fiz testes de força, saltos e corri na esteira todo conectado. No final, você ganha um laudo e um vídeo do seu esqueleto correndo e saltando em 3D.




O resultado foi meio avassalador, uma fraqueza muscular geral, como vocês podem ver abaixo. Mas recebi o diagnóstico que buscava. Minhas pernas faziam um movimento de rotação interna na corrida que friccionavam a tal banda na altura do joelho, inflamando a região. Elas rodavam porque, além de eu ter as bandas encurtadas, os músculos de posteriores de coxa e glúteos eram fracos.

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O LAUDO:

- Paciente apresenta alterações posturais e de amplitude de movimento, que associados a falta de força nos músculos lombares (principalmente extensores lombares) aumentam a sobrecarga na coluna lombar. A principal alteração postural é a hiperlordose lombar sem o aumento associado da anteversão pélvica.

- Paciente apresenta diversas fraquezas musculares nos testes de força, com maior evidência à fraqueza dos extensores dos quadris (bilateralmente), abdutores e rotadores externos do quadril esquerdo, extensores e flexores dos joelhos (bilateralmente) e tríceps sural (bilateralmente).

- Paciente apresenta acentuado encurtamento dos ísquios-tibiais e banda íliotibial, bilateralmente, e durante a corrida há aumento da rotação interna dos joelhos. Esses aspectos são considerados os principais fatores de risco para a Síndrome da banda Íliotibial.

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Passei a fazer um trabalho específico de alongamento e fortalecimento no pilates e na academia. Ainda assim, esse temor sempre me ronda. Tanto que acabo de comprar uma revista atraído pela chamada “30 segredos para você correr sem se machucar”.

Uma lesão às vésperas de uma prova pode ser fatal, porque - até conseguir marcar um médico, fazer e esperar a ressonância para voltar ao consultório e pegar o pedido de fisioterapia - você perde um mês. Sei que não é o certo, mas, no meu caso, que tenho amigos médicos, peço logo uma ressonância e um pedido para começar a fisioterapia enquanto o resultado da imagem não fica pronto. Nesse tempo, já marco um especialista para mostrar o exame.

Espero, porém, não voltar ao estaleiro tão cedo. Sobrevivi aos cinco meses de treinos de velocidade para fazer 15km em ritmo de 5:25. Agora, serão três meses de longões para cumprir os 42km. Minha meta? Entrar para o rol de maratonistas. Apenas isso, cruzar a linha de chegada.

Em tempo: este post foi escrito em março e finalizado só agora por superstição, tema que merecerá outro post.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Os 25km estão chegando e a Maratona também (ou: A importância do treinador de corrida)

Não sei como as pessoas se comportam frente às dificuldades. Eu desisto das coisas muito fácil, por isso tenho sempre que me manter muito focado. Um dia ruim no trabalho, uma chateação em casa ou um programa na televisão já são suficientes pra fazer com que aquelas perguntinhas voltem à minha mente: "Pra que estou fazendo isso? Vale mesmo a pena? Você não vai conseguir. Espera amanhecer. Fica por aqui só hoje, amanhã você vai." E assim deixo de treinar. Ainda bem que tenho estímulos diários que incluem inclusive os comerciais de televisão (um dia vou falar deles aqui), frases de motivação, este blog que aqui se encontra, além do grupo de whatsapp e as trocas de mensagens de texto.



Por falar nisso, estava eu trocando mensagens com o treinador, verificando os novos treinos, cada vez mais adaptados à Maratona propriamente dita e me surpreendi com o fato de já haver na planilha um treino superior à distância da Meia-maratona, no caso 25km daqui a dois sábados. Na hora me lembrei do treino no ano passado no Recreio dos Bandeirantes, quando, tentando acompanhar a Natália Nestal (que treinava para a Maratona), o treinador e sua bicicleta (a Upa-Upa), acabei por completar 25 km pela primeira vez aos trancos e barrancos, quebrando, inclusive. Naquela ocasião pensei que nunca conseguiria completar os 42 km.

Confesso que fiquei muito feliz ao ver a planilha, afinal meu último longão no sábado passado foi realizado de maneira tranquila, num ritmo confortável de 5:45 min/km. E eu ainda achei que estava mais lento, pois meu estado geral era muito bom. Foi muito difícil controlar o pace tendo apenas a velocidade como parâmetro.  Culpa do meu Garmin 305 e do meu falecido 220... Não vejo a hora do meu Suunto Ambit 2 chegar, dizem que este relógio é muito bom.

Ainda nesta troca de mensagens, novamente Rossy me chamou a atenção para a minha ansiedade e pouca paciência nos treinos, afinal já me viu quebrar e/ou me lesionar por ir rápido demais, sem respeitar os limites do meu corpo. É ele quem anda sofrendo com o excesso de mensagens sobre treino ou outras questões. 

Rossy Borges, o treinador e sócio da UpsportsClub,  sempre foi uma referência.  Amigo de amigos meus (afinal moramos em Niterói,  lugar onde todos se conhecem), nunca o vi como um corredor excepcional, como outros da equipe, como Léo, Fabio, professor 100% Fabinho, Thiago ou Jorge (só para pensar em alguns), mas como um profissional extremamente competente e sempre disponível. Não sei também como ele entrou neste ramo do atletismo, ainda que profissional de Educação Física. Nossa relação oscila entre colegas de boteco, psicólogo e coach técnico. Acho que isto quer dizer profissionalismo: saber afagar quando precisa, dar um sorriso na tristeza e falar firme quando encontra a preguiça ou a estagnação. Ele faz exatamente o que eu espero dele: define os melhores treinos para mim, respeitando a minha gradual evolução, mantém minha motivação em alta e me desafia com uma variedade de exercícios que confesso que, a princípio, acho que não vou conseguir. 

Há aqueles que não precisam de treinador. Eu, definitivamente, preciso de alguém, só funciono no tranco.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Missão 1: Floripa (Check!)

Estou zerado para iniciar os treinos para a maratona. Quando decidi fazer os 42k, estava treinando para a Volta à Ilha. Bem, a prova foi no último sábado (11/04). E foi bem mais dura do que eu esperava, muito por erros meus, mas nada que comprometesse o que me propus: cumprir o pace médio da categoria.

Foto ruim, mas preferi guardar a do momento do que refazê-la

Só relembrando: é uma corrida de revezamento que dá a volta na ilha de Floripa. Largamos às 7:15 e fechamos às 20:06:45, total de 12h51min45 correndo 140km divididos em 18 trechos. Nossa equipe, a Upsports Club, tinha 12 atletas. Eu fiz o penúltimo percurso, de 15km.

Foi puxado. Como o trânsito foi caótico a partir do trecho 12 até o fim da prova, tive que subir na moto de apoio que contratamos para encontrar o treinador Everton Costa, no posto de transição, que fez o penúltimo trecho.

Uma panturrilha queimada no caminho

Cheguei na adrenalina do passeio em duas rodas e sob a tensão da espera de horas para ir para a pista. Acabei queimando a perna no cano de descarga ao descer. Fiz o check in, aqueci o corpo e aguardei o Everton, que chegou no tempo prometido. Agora era comigo. Mas aí veio o meu primeiro erro...

Empolgado e vendo a velocidade de outros corredores, explodi o meu planejamento e larguei forte. Fechei o primeiro km em pace de 4min59. Logo percebi que não ia sustentar e ajustei o ritmo. Mas aí veio o sobe e desce. Não esperava tais inclinações. O meu trajeto de treinos não chegava nem perto do que vi pela frente.

E o gelo era gel... E o dia virou noite...

Para piorar as coisas, decidi correr mais leve, sem cinto de hidratação, outro erro, não estava tão acostumado. Graças a Deus, havia um ponto de abastecimento da organização lá pelo km 7. Só fui ver água novamente quase no km 13, quando o companheiro de equipe Jesus, um colombiano muito gente boa, me acompanhou de pacer até o fim. Logo depois que ele me deu a garrafa d`água, me ofereceu gel, mas, pelo espanhol e pelos fones no ouvido, minha mente entendeu gelo...rs Quando vi que o gelo era gel, recusei a oferta, pois já havia tomado um no km 10.

Meu último erro foi correr de óculos escuros. Não sei por que, mas calculei mal o anoitecer. De repente, virou um breu. Foi um risco grande de acidente correr em acostamento nem sempre nivelado. Por isso, na maior parte, preferi a pista. Só voltava ao acostamento quando um ônibus passava.


Na chegada, a preocupação com buracos, pois tive que ir pela grama para acessar a passarela que terminava no último posto de transição. Antes de desabar no meio-fio esgotado, passei o 'bastão' para minha mulher, Fernanda, que fechou os últimos 6 km da prova. No fim, como de praxe, encontramos ela, Jesus e Isa, que serviram de pacer, e a equipe fechou junto os 140km após quase 13 horas.

Ao me entregar a medalha, o treinador Everton disse que eu cumpri a meta e fico emocionado só de lembrar esse momento, pois, para quem tem problema na coluna, foram cinco meses pesados de treinamento, sabendo ouvir o corpo e dando feedback para o treinador Rossy Borges elaborar as planilhas. Ele, que este ano preferiu correr em Santiago, como fiz ano passado, falou que foi a minha melhor prova.

Certamente me superei e guardarei para sempre o convívio com uma equipe que se ajudou muito ao longo do dia. Isso não tem preço!

Antes de largarmos: eu (de casaco), Mariana, Tiago, Fernanda,
Thais, Clarice, Isa, Fabinho, Vinicius, Everton, Jesus e Bernardo


PS: Para quem leu até aqui, na pressa esqueci de outro erro fundamental - não ter chegado cedo na véspera e descansado. Fui dormir depois de meia-noite para acordar às 5h!


terça-feira, 7 de abril de 2015

Correndo na Chuva

Hoje saí pra correr, como de costume, antes do sol nascer. O clima era convidativo: estava garoando. Sinceramente, eu amo a combinação chuva gelada, vento e frio. Deveria estar morando em Londres e não em Niterói. Lembro-me que, em 2012, antes de me lesionar, costumava torcer para chover e, aos primeiros pingos, lá estava eu, feliz no calçadão da Praia de Icaraí.

De qualquer forma, ultimamente ando tendo que dar um trote de aquecimento até a Praia de São Francisco para ver se o meu Garmin 210 sincroniza e capta o sinal do satélite. É uma boa distância e um problema incompreensível para um acessório tão caro. Neste trajeto a chuva apertou, os pingos engrossaram e, ao chegar na praia, o vento lateral se tornou mais forte, mas nada de raios, relâmpagos ou trovões. Na hora comecei a pensar se aquilo me faria mal ou se eu devia continuar. Não demorei a concluir que valia o risco, afinal não teria outra hora pra treinar.

Como resultado de minha crescente perda de peso, meus resultados começaram logo a aparecer e nos dois primeiros quilômetros corri para paces muito baixos e de forma confortável. Ao fim desta distância e de menos de 10 minutos, meu relógio/GPS/Monitor Cardíaco apagou (e até agora segue neste estado letárgico). Na hora xinguei a fabricante, pois eu o comprei há pouco mais de um ano e nunca o havia usado num treino chuvoso.

Num primeiro momento não parei de pensar neste problema e em todos os artigos que li sobre dependência tecnológica e fatores externos ao corredor. Mandei meu relógio às favas e me concentrei apenas na minha passada e na minha respiração nos 8 quilômetros seguintes. Acompanhei também minha evolução através dos relógios de rua e, para minha surpresa, consegui (ou ao menos acredito que consegui) manter o meu ritmo inicial, inclusive aumentando o meu ritmo no fim. Esta distância de hoje eu já sei de cor e não me preocupei com relação ao ponto em que deveria terminar o treino.

No fim, todos já sabem: ida à padaria e pão quente para a família.

Chegando em casa fiz o que se manda: retirei imediatamente a roupa molhada, tomei um banho morno e deixei o tênis pra secar. Li algumas matérias sobre chuva e corrida em sites especializados e me convenci de que fiz o que deveria ser feito. 

Não se espantem, se vierem dias chuvosos, lá estarei eu feliz, correndo na chuva.


PS: Ontem completamos um mês de blog e, inesperadamente, obtivemos (até então) a expressiva cifra de 1220 views. Pra quem queria, como nós três, apenas mais uma motivação para completar a primeira maratona de nossas vidas, esta experiência tem sido bem bacana. Obrigado a todos pelo carinho.

domingo, 5 de abril de 2015

Selfie protusões


Ainda não conseguimos conciliar agendas para fazer a nossa selfie. Mas a selfie das colunas está aí. Na ordem, Isa, eu, Tarso e nossas protusões. Sim, protusões!

Quando começamos este blog, a ideia era contar a preparação para a primeira maratona de três pessoas com hérnias de disco. Compartilhar experiências e mostrar que é possível correr mesmo com o problema. Tanto que um dos nomes que pensamos era 3herniasnamaratona.blogspot.com. Mas, graças a Deus, achamos grande demais e simplificamos.

Já com o blog publicado, propus um desafio aos dois colegas num post. Exibirmos nossas hérnias para o mundo... rs

Tarso e, depois, Isa responderam e se deram conta que no laudo de ambos constava protusão, e não hérnia. Intrigado, fui revisitar o meu e também só achei a palavra protusão, apesar de mais de um médico falar em hérnia. Algo que me incomoda na região lombar e irradia para as pernas em épocas de crise.


Enfim, hérnia, protusão, não importa. O que vale é a vontade de se superar sempre. Feliz Páscoa!

Três hérnias na Maratona (respondendo ao Rodrigo)

Demorei a responder pois meus exames estavam na casa da minha mãe em Taubaté-SP, e só fui visitá-la este final de semana.

Assim pude rever meus exames de ressonância da coluna. E pra minha surpresa e de todos, as minhas dores lombares segundo o laudo médico dos exames não são decorrentes de hérnias, e sim de protusões, assim como as do Tarso rsrsrs...







Sei que estes exames são antigos, mas ainda valem! Preciso refazê-los, pois se tratando de saúde, precisamos sempre nos manter em dia.

Mas está aí, minha resposta ao desafio, apesar de demorada, cumpri o prometido!

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Correr e pedalar

Há cerca de um mês, um pouco antes de fazer a inscrição na Maratona do Rio, saí, como de costume, para trabalhar de manhã, logo após deixar as crianças na escola. Entrei num ônibus da Zona Sul de Niterói e fiquei parado no mesmo lugar por aproximadamente meia hora, sem que o ponto seguinte se aproximasse. Era verão e a temperatura já havia muito ultrapassado os 30 graus (quem mora no Grande Hell de Janeiro sabe do que estou falando).

Atrasado e correndo como sempre, perdi a paciência, liguei para a minha chefe e avisei: o trânsito está de matar, desci do ônibus e estou voltando em casa para buscar a bicicleta! Chegarei atrasado.
Certo de que isto soava mais como um desabafo que como um aviso propriamente dito, não havia como voltar atrás. 

Enquanto eu pedalava freneticamente pela ciclovia (ah, esqueci de dizer, o caminho que eu percorro é coberto na sua quase totalidade por ciclovias), dava adeus para os motoristas que, solitários no ar condicionado de seus veículos, se impacientavam com o engarrafamento e, quem sabe, com a minha atitude.
A cada pedalada, a cada carro, ônibus ou caminhão ultrapassado, um sorriso no rosto.

Para além do benefício concreto do ganho de tempo no meu dia e da redução do estresse e do sedentarismo, a prática do ciclismo pode ser de muita valia a outras pessoas que, como eu, buscam completar provas de longa distância, como a maratona.

Segundo um artigo da Revista Contra-Relógio, a inclusão de pelo menos dois treinos semanais, em dias alternados à corrida, já trazem benefícios ao corredor. Os ganhos serão sentidos na melhora do condicionamento físico, através dos sistemas cardiorrespiratório e vascular. Isto sem contar o fato de que o ciclismo é considerado um esporte de baixo impacto, se comparado à corrida. A bicicleta pode ser incluída também nos intervalos de corrida com o objetivo de servir como um descanso ativo, ou ser usada ainda para aqueles que se recuperam de lesões ou querem aumentar o volume de treinos sem se lesionar.

Confesso que ainda estou me adaptando a esta nova realidade. Sei que ainda preciso entender o comportamento de motoristas e pedestres nas ruas, pois ambos não respeitam os ciclistas (talvez pela própria ignorância do sentido daquelas linhas pintadas no asfalto- não quero crer em má-fé). Preciso também incrementar minha bicicleta, que ainda não tem todos os equipamentos necessários para uma plena segurança, tanto minha quanto dos próprios pedestres, tendo que ser melhor visualizada.

O que me surpreende disto tudo é a consciência da população frente à adesão por este novo meio de transporte, não poluente e saudável. Espanta-me positivamente a crescente quantidade de pessoas que vem cruzando a Baía da Guanabara em suas bikes diariamente: 10 ou mais bicicletas podem ser vistas a cada embarcação, número que aumenta nos horários de rush.

Lendo isto, você já pensou em dar uma desenferrujada na sua bike, encher seus pneus e ir para a rua? Saia do sofá!