segunda-feira, 29 de junho de 2015

Correndo na beca

Como alguns já sabem, minha vida de corrida se deu, no início, pela falta de dinheiro para pagar uma academia, devido ao fato de ser estudante universitária. O que para mim, hoje, é com muito orgulho quando "encho" a boca de palavras para contar a alguém que me questiona por que comecei a correr.

A falta de minhas postagens, infelizmente e felizmente, se dá ao fato de eu estar chegando ao final de uma longa jornada. Provas e mais provas!! rsrs... "MANHÊ TÁ ACABANDO!!"

                   Foto de Formatura da Turma de Medicina Veterinária-UFF                  
Não poderia deixar de relatar aqui no blog mais essa conquista

Apesar das postagens terem diminuído, os treinos estão apenas aumentando.
Domingo passado (21), fiz meus primeiros 29km na companhia dos colegas da Equipe de Fibra, Cristiano, Marise e Marcio, e contando sempre com a ajuda e apoio do meu namorado nos primeiros 6km. (Aliás, fico muito orgulhosa de ter incentivado meu parceiro a dar início nessa vida viciante. Ele fará a Family Run no mesmo dia em que faremos a maratona).

Foram 3h e 4minutos de corrida sem parar, apenas com caminhadas durante a hidratação e reposição energética (gel de carboidrato). Neste dia, ao completar o treino fiquei em dúvida se conseguiria ir adiante por mais 13km (o que restaria para completar os 42km da maratona). Ao expor essa dúvida ao treinador, ele me acalmou dizendo que estes eram apenas os treinos, que ainda há vários pela frente, para eu ficar tranquila e não pensar nisso. Completar cada um dos treinos da planilha por vez, deixar a ansiedade de lado. E isso realmente me acalmou.

Foto após os 29km

No último sábado (27), eu e Marise corremos juntas novamente. Ela começou antes, pois iria percorrer 30km. Nos encontramos no km 9 do percurso dela, e assim nós poderíamos completar o treino juntas, eu com 21km e ela, com 30km.

Comparando-se com a dificuldade do treino de semana passada, esse semana foi molezinha rsrsrs. Faz parte de uma planilha de treinos esses altos e baixos da quilometragem.


Estou em contagem regressiva, ainda me faltam cinco provas universitárias e uma maratona para completar mais uma etapa.

Lembrando que só me formarei no final do ano. No curso de Medicina Veterinária, o 10º período (2º semestre de 2015) é apenas realizado em forma de estágio, confecção e apresentação de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso).

domingo, 28 de junho de 2015

Quando pensar em desistir...

...lembre desta mulher

http://globotv.globo.com/rede-globo/esporte-espetacular/t/edicoes/v/mulheres-espetaculares-conheca-a-historia-surpreendente-de-susana-schnarndorf/4284128/

Recebeu a notícia de que tinha dois anos de vida devido a uma doença degenerativa. Já vive há dez após o diagnóstico. Como? Praticando natação. Para que os filhos não testemunhassem o seu sofrimento, tomou a difícil decisão de deixá-los morando com o pai, É neles e na piscina que encontrar força para viver a cada dia, valorizando as pequenas coisas. Susana Schnarndorf é nossa esperança de medalha em 2016!


sexta-feira, 26 de junho de 2015

Contagem regressiva para o nosso desafio


Ai, ai, ai, ai, tá chegando a hora!!!!!!

O dia de hoje marca exatamente um mês para a Maratona do Rio de Janeiro.

Este dia representa algo muito especial para mim: a Martha está completando seu terceiro ano de vida, Como já contei por aqui, a sua chegada foi  precedida pela minha estreia nos 21km. Agora sua data serve para me lembrar que falta muito pouco para cumprir ainda mais este desafio.

A partir de agora não dá mais para desistir, não dá para voltar atrás.

É manter o foco e a dedicação e, mais do que nunca, celebrar o dia de hoje!

Abs, 

Tarso

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Um biólogo na maratona - Por Cristiano Silveira*

*Com contribuições de Rodrigo Troyack

Correr uma maratona é também uma oportunidade de rever os conhecimentos adquiridos no campo das Ciências Biológicas. 

A anatomia, por exemplo, é constantemente evocada. Fáscia plantar, banda iliotibial, articulação coxofemoral, gastrocnêmios... é bom você saber esses nomes e saber como prevenir lesões nesses lugares antes que um ortopedista tenha que lembrá-lo daquelas aulas que você faltou porque, afinal, a disciplina era eletiva.

Os conhecimentos de bioquímica te fazem lembrar que os treinos mais longos (aqueles com mais de 21km) costumam promover proteólise, que é a conversão de alanina em glicose, a partir do ponto em que ocorre depleção total dos estoques hepático e muscular de glicogênio, e a gordura também já foi bastante consumida, não sendo capaz de assumir a responsabilidade fisiológica pelo fornecimento de glicose aos músculos por meio de lipólise e beta oxidação de ácidos graxos livres na matriz mitocondrial da fibra muscular. 


Nesse caso, o músculo lança mão da proteólise, quebra a molécula de alanina em partículas menores, que são transportadas via corrente sanguínea até o fígado, onde ocorre a transaminação e transformação da alanina em glicose, para continuar fornecendo energia aos músculos. O lactato vai se fazer lembrar por alguns dias após as provas mais longas.

Da fisiologia, trazemos os conceitos da hiponatremia, da desidratação, da regulação do calor corporal. Descuidar deles pode significar o colapso do corredor.

Por fim, talvez você constate que não tem a predisposição genética para corridas longas. Pode ser que você não tenha as mutações certas nos genes certos. Não importa, o importante é que a atividade física diminui as chances de uma predisposição genética ruim (como a obesidade, diabetes, câncer...) se manifestar mais cedo.

terça-feira, 23 de junho de 2015

No asfalto e na tela: Maratona do Amor


Sempre gostei muito de cinema e sempre quis escrever sobre filmes de corrida, ou que se relacionassem com ela de alguma forma: filmes esportivos, superações, dramas, comédias, etc. Abre-se então, uma nova coluna no nosso blog e sempre que possível, os filmes também farão parte do blog, além das resenhas de livros.

Lembro-me de ter visto "Maratona do Amor" (Run Fatboy Run, 2007) quase meio sem querer, buscando aleatoriamente filmes na locadora, para distração. Obviamente me diverti bastante com o filme e me surpreendi com o ator principal, Simon Pegg, até então quase desconhecido para mim (depois o vi atuar em diversos outros filmes com a mesma competência e pitada de humor inglês). Ahh, o filme foi dirigido por David Schwimmer, o "Ross Geller", de Friends!



Narra a história de superação envolvendo Dennis (Simon Pegg), que sofre com o estigma de irresponsável por nunca conseguir concluir nada na vida, fugindo dos problemas, deixando, inclusive, sua ex-noiva Elisabeth (Thandie Newton) grávida, no altar. Dennis se dá conta do erro cometido e busca reconquistar a confiança e o amor de Elisabeth e de seu filho Jake (Mathew Fenton), mas para isso precisa provar para si mesmo que é capaz de concluir uma maratona. A prova se torna também uma disputa entre Dennis e o então namorado de Elisabeth, With (Hank Azaria).

Dennis, ex-fumante, sedentário e fora do peso, muda radicalmente sua vida, troca seus antigos hábitos e espera enfrentar Whit, um desportista exemplar.

Para além das redes que envolvem a trama, gostaria de destacar os aspectos que me tocaram na última vez em que revi o filme, já pensando na vindoura Maratona do Rio de Janeiro.


Durante a preparação, muitos foram os obstáculos a serem enfrentados por Dennis, que só conseguiu se inscrever correndo em prol da Disfunção Erétil. O desenho nas costas (e que eu não tenho) também é engraçado.


Um momento do seu treinamento, o esforço feito no dia a dia para conseguir alcançar sua meta.


O dono do imóvel em que ele reside e sempre atrasa os aluguéis, Sr. John Ghoshdashtidar (rsrsrs), apesar dos problemas que tinha com Dennis, se mostra um sujeito muito amável e o apoia bastante no seu projeto. Na foto o vemos presenteando o protagonista com um par de tênis novos.

As fotos abaixo remetem a instruções clássicas dos treinadores a quem se prepara para correr uma maratona: a ingestão de carboidratos  e a proteção aos mamilos. Detalhe no produto indicado por seu amigo Gordon para proteger os mamilos e, provavelmente, lubrificar outras partes...


O dia da prova começa caótico, pois Dennis acorda atrasado e não tem o tempo devido para sua preparação. Faz um alongamento nada convencional e, por fim, passa o gel nos mamilos.

"Run fatboy, run", diz Whit a Dennis, menosprezando sua força de vontade e persistência na busca de seu ideal. A resposta de Dennis é clara: "eu posso até perder peso, mas você sempre será um babaca". Ou seja, a nosso percentual de gordura não nos diz nada sobre nosso caráter.

Após uma breve disputa, ambos os corredores se veem lesionados, culpa de Whit. Para este, foi o fim da prova, enquanto para Dennis, representou mais um duro obstáculo a superar.

Ao recusar a ida para ser atendido no hospital (implícito no filme), nosso protagonista inicia sua própria maratona, mais dura que os simples 42 km, ainda que a organização da prova já a tenha encerrado oficialmente. Enquanto corre a passos lentos e sofridos, ele vive um drama, que é também o drama de cada um que o segue pelas já escuras ruas da cidade de Londres. O drama também é o de cada um, que inscrito na maratona, tem uma meta a alcançar, algo ou alguém por quem correr e seu sofrimento para alcançar este sonho.

A imagem abaixo ilustra o momento em que o corredor bate no muro que seu subconsciente cria para impedi-lo de continuar. Para muitos, esta barreira fica próxima ao quilômetro 30 da prova, quando muitos maratonistas, ainda que bem preparados fisicamente e dispostos a seguir, desistem da prova, mesmo sem entender o porquê. Parece que o cérebro simplesmente manda a mensagem de que não dá mais! Por isso a maratona é mais do que uma batalha física, ela é psicológica.


No auge do seu cansaço, prestes a desistir, ainda que lhe faltassem poucos metros para a chegada, ele vê a razão de estar ali, sua motivação e segue em frente. Uma força superior lhe vem de dentro e, num sprint final, conclui a maratona, correndo ao encontro de seus amores. Não importa o tempo feito, Dennis, de acordo com o filho, venceu a prova! Realmente, ele venceu! Alguém duvida?


domingo, 21 de junho de 2015

De malas prontas para... treinar


Como falei em algum post, correr a primeira maratona não estava nos meus planos este ano. Fui no embalo ao saber que teria a companhia dos colegas de blog para treinar. Mas no meio do caminho já tinha uma viagem de férias -inadiável - planejada. O jeito foi levar o tênis na bagagem para me manter em atividade até a volta aos longões no Brasil. Seguem as fotos dos treinos de rodagem em Portugal! Pós-treino em Tomar, treino em Viana do Castelo (acima) e no Porto. Preparação internacional...rs



quarta-feira, 17 de junho de 2015

Perder as calças, ganhar a vida. Sobre corrida e emagrecimento

Semana retrasada estive no consultório da Dra. Fernanda Monteiro, nutróloga e também corredora na mesma equipe que nós três. Foi bom perceber que já baixei muito o peso desde o início do ano passado.

Em fevereiro de 2014 voltei de uma viagem com a família e percebi que havia extrapolado: beirava os 96 kg!!!!! Vi-me obeso pela primeira vez na vida. Esta viagem coincidia com uma feliz notícia: acabáramos de nos descobrir grávidos pela terceira vez e agora, do tão esperado menino.

Novamente, tal como ocorrera com o nascimento das minhas meninas, me prometi manter uma vida saudável e emagrecer e assim, poder viver muito para ensinar algo para meus filhos, mas, sobretudo, apreender o máximo de experiências que eles pudessem me transmitir.

Lembro-me bem de dedicar minha primeira meia maratona ao nascimento da Marthinha em 2012 e à felicidade que era e é conviver com a Milena.

Pois bem, desde que comecei a me preparar para a maratona venho me percebendo mais magro e, principalmente, mais saudável, cheio de vida. Não só a corrida me ajuda a emagrecer, como também a lenta mudança nos meus hábitos alimentares.

Sugestões da Dra. Fernanda Monteiro para uma vida saudável.

Apesar das lesões que venho tratando e da minha ansiedade, que me impede de seguir à risca a dieta alimentar, venho realmente perdendo peso, o cinto das calças está cada vez mais apertado e as calças estão cada vez mais frouxas.

Nos últimos dias, apesar da sensação de que emagrecerei mais um pouco, fui impelido a comprar calças novas. Logicamente fui em uma loja de departamentos e comprei duas das mais baratas, certo de que elas também durarão pouco.

Tenho a certeza de que isto é o resultado não dos meus treinos, cada vez melhores e mais regulares, como também da mudança de, pelo menos, 80% dos meus hábitos alimentares e da suplementação que estou seguindo sob supervisão médica (basta ver a foto dos produtos que tomo no post anterior feito pelo Rodrigo).

Se a maratona fosse no próximo domingo, não tenho dúvidas de que conseguiria concluí-la.

Termino por aqui torcendo para que eu perca ainda muitas calças. Meu ganho é muito maior e mais consistente.

                                                     2014                             Agora.
(não dá pra notar muito a diferença, mas eu me conheço, isso é que importa. Rsrsrsrs)
                                             


segunda-feira, 15 de junho de 2015

Preparar-se para 42k não é barato!


As drogas do Tarso
Preparar-se bem para uma maratona não é barato. Prova disso é a foto aí de cima dos suplementos que a gente toma.

Para ter ideia, um pote do whey protein que costumo comprar custa uns R$ 160. A saída é fazer encomendas no exterior. Ainda que os produtos sejam taxados em 60%, sai mais em conta. Outro dia, pedi um pote de BCAA de 400 cápsulas e um de beta-alanina de 150 (aminoácidos). Custou R$ 137. No Brasil, só o pote de BCAA sairia mais de R$ 200.

Bem, e se há suplementação, é porque você provavelmente foi num nutricionista que, no meu caso, cobra R$ 200 as consultas de manutenção. Vou, em média, a cada três meses. No caso da maratona, precisarei abreviar esse tempo.

Musculação é mais que obrigatório. Há academias mais baratas, mas eu optei por fazer no studio do meu treinador de corrida, que já me conhece, tem outro conceito, um espaço menor onde os professores podem dar mais atenção aos alunos.

Eu no Upstudio
Por causa da coluna, ainda faço pilates uma vez por semana. Musculação são dois dias, além dos três de treinos de corrida. Domingo é dia de descanso geralmente, porque sábado à noite gosto de tomar minha cervejinha. Ninguém é de ferro!

Mas, voltando aos cálculos, só nesse trio (assessoria esportiva + musculação + pilates), são 600 pratas por mês. Ah, e quando a dor aperta, tem o massoterapeuta também (já recorri duas vezes a ele). E, como me lembrou o Tarso, o fisioterapeuta, se tiver que ir para o estaleiro durante a preparação.

Isso sem falar em outras coisas, como um bom tênis, relógio com GPS, cinto de hidratação...

Porém, é um investimento que, na minha opinião, vale muito a pena. Tudo pela saúde e pelo bem-estar. A gente abre mão de algumas coisas em prol do que nos faz bem.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Saber ouvir o corpo


Às vezes, é preciso ouvir o corpo. E não é fácil. Só com a experiência mesmo. Aprendi isso com as lesões que tive.

Sábado retrasado (30/5), não superei a barreira dos 25k porque senti uma dor no joelho pelo terceiro treino. Na primeira vez, passou durante o treino. No treinamento seguinte, nada senti, mas no consecutivo voltei a sentir até que no sábado novamente.



A pouco mais de um mês da maratona, não quis vacilar. Expliquei ao colega de equipe Bernardo Lopes, ortopedista, a situação e me receitou um anti-inflamatório, pois poderia ser uma tendinite patelar. Não tomo remédio à toa, mas a proximidade da prova pedia.

Fiz gelo também e matei o treino de terça-feira, para dar um descanso ao corpo. Na quinta, após cinco dias de medicação, fiz 10k sem me preocupar com ritmo e nada senti. Porém, na sexta de manhã, uma gripe me pegou de jeito.

Como a equipe está testando treinos com base de apoio aos domingos, em vez de aos sábados, teria dois dias para me recuperar para o quinto longão. Sábado de manhã, acordei com dor de cabeça do resfriado, mas nada que me abalasse. Precisava fazer esse treino de domingo porque farei uma parada nos longos de dez dias por conta de viagem (mas aviso que o tênis vai na mala para rodagem, não posso me dar ao luxo de ficar parado!).

Me alimentei bem, dormi cedo e domingo saí para correr. Percorri 2k de Icaraí até a base, em São Francisco; encontrei o Tarso e partimos, com o Rossy (nosso treinador) e o Jorge, que logo disparou. O calor estava forte e Rossy retornou antes. Fomos até a Fortaleza de Santa Cruz e, de lá, para o Forte do Gragoatá.

O corpo suportou bem as subidas e descidas, mas faltando uns 2k para finalizar o treino senti vontade de botar tudo para fora, não sei se por causa da gripe ou devido ao forte calor, ou as duas coisas. Cheguei a pensar em andar, mas segurei a onda e a vontade passou. Liberei o Tarso para acelerar, pois eu já estava mais devagar. Ele foi fundamental para eu concluir mais essa etapa, já que o seu repertório de papo é inesgotável...rs

Nos últimos metros, encontrei minha mulher, Fernanda, que voltava de São Francisco e me puxou.

Foi o meu treino mais longo, 28k, brindado com muita água de coco.

Treino de domingo e os 10k de quinta

terça-feira, 2 de junho de 2015

Como diziam os veteranos...

Eu não treino para uma prova específica, eu treino para a vida. Eu treino porque gosto e porque isso se tornou meu hobby. Mesmo não conseguindo treinar como o planejado, o importante é treinar!

Semana passada não foi muito produtiva. Na terça-feira, eu deveria fazer um treino de 13km. Saí de casa com a expectativa de realizá-lo. Chegando na Praia de Icaraí, a vontade de usar o sanitário estava grande (para fazer o número 1 = xixi rsrs.... faz parte). Então, como sempre faço, segui em direção a um barzinho de esquina onde costumo pedir pra usar o banheiro, mas fui surpreendida com uma limpeza tão bem feita no mesmo que o cheiro de água sanitária me "intoxicou" de uma maneira muito estranha, de tal forma que saí de lá tossindo e sem ar. Parece uma história meio sem nexo, parece até mentira, meio inesperada, mas sim... essas coisas acontecem. Pronto. Isso foi o ápice do meio treino mal feito. Saí de uma expectativa boa para uma inesperada.

Dei um tempo, sentada num banco do calçadão da praia, esperando uma melhora e logo depois segui novamente com a corrida. No meio do caminho encontrei com o Cris e com a Marise, parceiros da Equipe de Fibra, que lutam por uma causa nobre - a Fibrose Cística (veja o post anterior aqui) - e os acompanhei durante um pequeno percurso. Devido a essa minha debilidade "intoxicante", só consegui fazer 8,5km.

Na quinta-feira, novamente meu treino seria de uns 13km, porém, intervalado em ritmos forte e mais lentos. Entretanto... chuva!!! E muita chuva... acabei não treinando também.


Na sexta pela manhã, mesmo com uma garoa fraca, levantei da cama, coloquei o tênis mais velhinho e fui correr. Minha intenção já não era fazer os 13km. Afinal, no dia seguinte (sábado) encararia novamente os 25km, de acordo com a planilha.

E não posso dizer que não gosto de correr com chuva, é muito bom: o calçadão da praia fica vazio, a temperatura, agradável e o tênis nem encharcou muito. Esses são os melhores treinos, os mais legais, na minha opinião. É lindo correr num dia ensolarado, digno de fotografia e postagem no Facebook, mas o dia de chuva é especial!!

Sábado, dia de realizar 25km. Infelizmente, aquela manhã não foi a mais gloriosa. Aprendi o verdadeiro valor da palavra QUEBREI. Não foi muscular, não foi queda de pressão, não foi físico. Foi puramente psicológico. Fiquei decepcionadíssima. Arrasada. No km 14, comecei com os (maus) pensamentos; no km 16, já comecei a caminhar e, daí até o km 20, aproximadamente, havia caminhado uns 2 km. Fui resgatada pelo carro da assessoria Upsports Club. Em todo momento, tive o apoio dos meus colegas Tarso e Rodrigo, porém, tristemente, isso não foi o suficiente para mim naquele dia.

Os veteranos Rossy e Fabinho disseram: "Isso é natural, acontece" e, assim, mais uma frase entrou para o meu menu de experiências. Mesmo sendo uma realidade não desejável.

No dia seguinte, domingo, fiz minha primeira corrida com obstáculos, a Bravus Race. Uma corrida exótica, diferente de todas que já fiz. Foram 5km de corrida entre 15 obstáculos dificílimos, em nível de treinamento para as Forças Armadas do Brasil.

A corrida aconteceu no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan) - RJ. As largadas ocorreram em baterias. Largamos eu e meu namorado (e com sorte encontramos um querido amigo, que junto de seus colegas nos ajudaram a superar as dificuldades da corrida), numa manhã chuvosa e fria, sem saber o que nos esperava ao longo de todo percurso. Muitos desafios, muita lama e muita água congelante. Foi uma experiência única, sofrida, mas que com certeza faria novamente.

E assim fechei o domingo, bem menos decepcionada. Nada como uma corrida após a outra para nos dar ânimo.


Como já diziam os veteranos, são nos treinos que temos que passar por todas as situações prováveis e possíveis que podem ocorrer durante a prova oficial. A chuva e a decepção por ter quebrado são uma dessas situações, tudo faz parte do treino. A meta é chegar no meu limite, ao extremo, para que no dia da prova, aquilo não seja mais um limite e nem um extremo.

Rumo à Maratona do Rio 2015!!